Os clubes do Brasil estão falidos e sentados em cima de uma mina de ouro. E só agora estão começando a notar o valor de suas marcas e a legião de torcedores que podem ser seus clientes...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Os torcedores dos clubes europeus já estão acostumados. Os brasileiros nem tanto. A cada ano a gente vê o Barcelona, o Benfica, a Juventus ou quase todos os grande times europeus com uma camisa diferente, não raro de cores diferentes e que nada tem a ver com o clube. E o motivo é muito simples: vender e faturar. Isso por que aquele torcedor que já tem a camisa do time pode simplesmente se encantar e comprar também a nova camisa verde limão que seu time lançou.

No Brasil, os mais puristas não aceitam tais novidades. A camisa Roxa do Corinthians, foi um grande sucesso de vendas, mas parte da torcida simplesmente se recusa a aceitar a novidade. É importante lembrar que os mesmos torcedores que não aceitam a novidade reclamam quando o seu jovem craque precisa ser vendido a um time ucraniano qualquer. Os clubes precisam buscar meios de conseguir renda sem precisar vender seus craques pela primeira oferta. “Ainda são poucos os exemplos de terceiras camisas inovadoras no Brasil. A torcida e os dirigentes aqui são conservadores. Na Europa, isso é feito com a maior tranquilidade. Eles entenderam que a ideia não é mexer na história do time, e sim criar novos capítulos”, diz João Chueiri, gerente de marketing para futebol da Nike, que levou para a camisa 3 do Corinthians o roxo da paixão dos torcedores, sob as vaias de muitos. “Quando se mexe com a tradição de um clube centenário, sempre vai haver descontentes. Mas a roxa bateu recorde: nunca uma camisa do clube vendeu tanto em um fim de semana de lançamento”, diz ele. Uma novidade dessas vende até 150.000 camisas a mais por ano, e por isso não deveria ser ignorada

Não se assustem portanto torcedores, se a cada ano surgirem novidades. Todos os grandes times prometem novidades e até o Flamengo já anunciou uma terceira camisa, que deverá ser azul e amarela, as primeiras cores do clube. “Não existe regra. O tema, a cor, tudo pode mudar. O bom do uniforme 3 é ser sempre uma surpresa”, teoriza Pedro Souza, gerente de futebol da Penalty. “É como um brinquedinho novo que chega a cada ano.” A moda está só começando.

2 comentários:

  1. não sei quanto ao corínthians nem flamengo, mas no grêmio, para se ter uma "surpresa" a cada temporada, primeiro teria que se fazer uma reforma estatutária.

    ResponderExcluir
  2. Martina, mas não é preciso fazer enormes mudanças no padrão da camisa para se fazer um terceiro uniforme. Ele poderia ser da mesma cor do segundo uniforme, com alguma coisa diferente.

    Obrigado pela visita

    ResponderExcluir